quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Dengo de Amor



Encontrar você que coisa boa
Tão gostoso esse prazer

Viajo na sua boca

É só eu te ver

Que tudo clareia

Nos seus olhos posso ver
Nossa lua cheia

Não me deixe chorar não

Quero você pertinho
Eu te dou a minha mão

Te dou meu carinho

Pra ficar feliz juntinho

Pra ficar feliz Pra te dar felicidade
Ô ô ô, tô sentindo um dengo de amor,

ô ô ôÔ ô ô, coisa boa é ver você chegar,
á á á
Ô ô ô, tô sentindo um dengo de amor,
ô ô ôÔ ô ô, coisa boa é ver você chegar
Ver você dançar, ver você cantar

Ver você se apaixonar por mim

(
Ivete Sangalo)


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Amor e Sexo




Amor é um livro

Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte

Amor é pensamento, teorema
Amor é novela
Sexo é cinema

Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia

O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom...
Amor é do bem...

Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade

Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois

Sexo vem dos outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal...
E tal e coisa...

(Rita Lee/Arnaldo Jabor)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Quadrilha



João amava Teresa
que amava Raimundo

que amava Maria
que amava Joaquim
que amava Lili
que não amava ninguém
João foi para o Estados Unidos
Teresa para o convento

Raimundo morreu de desastre
Maria ficou para tia

Joaquim suicidou-se
e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história

(Carlos Drummond de Andrade)


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Ser Carioca



Ser carioca...


É duro admitir mas ser carioca é falar sem medir consequências.
É dizer “vem” e se assustar com o tocar da campainha.
Ser carioca é não ter hora de ir pra praia nem ter hora pra sair de lá.É de repente nem aparecer.
É a cultura da espontaneidade que só quem é, sabe. Só quem mora no Rio, entende.
É mudar de opinião, mudar de atitude ao sentir vontade. Desejo, logo faço. Não quero, tudo bem.
É ser sincera ao falar e verdadeiro ao omitir.
É viver sem obrigações. Ser responsável com o seu querer.
Me desculpem os paulistas, mas ser carioca é ser natural. É confiar nos próprios instintos.
É encontrar com celebridade na rua e virar o rosto para olhar o pôr-do-sol.
É ser blasé com a própria rotina.
É sorrir para o surreal.
É sair para a night de havaianas e cabelo molhado.
Ir para o shopping como quem muda de cômodo.
É fazer de tudo uma ida à esquina.
É ver o inédito como óbvio.
É dizer sim sem balançar a cabeça e depois virar pro lado e dizer: “Ahn?
”Ser carioca é voltar pra casa depois de trabalhar e olhar a paisagem verde.
É dormir até tarde sem pressa de viver. Porque a vida está lá fora. A natureza é aqui. Sem pressa, sem compromisso. É apenas sentir.
É gostar de roda de samba na esquina. Sem clube nem turma.
É ser amigo do estranho.
É ver corpos bonitos passar e poder contemplar a beleza de ser e de estar.
É viver na cidade maravilhosa e não se orgulhar de monumentos.
É sorrir para qualquer mendigo na rua.
É conhecer barulho de fuzil, ter medo mas não se afligir.
Ser carioca é se permitir.


(Renata Maneschy)